Nesta safra, produtores de milho no Brasil enfrentam dificuldades para cobrir os custos de produção, com o preço de mercado abaixo do custo. Enquanto o custo de produção do milho Safrinha é de cerca de R$ 70,32/saca, o mercado físico paga apenas R$ 49/saca, resultando em um prejuízo de aproximadamente 30,32%. Em contraste, o cultivo de trigo parece mais rentável, com um lucro em torno de 15,04%.
“As contas mostram que o cultivo do trigo, quase simultâneo ao do milho safrinha no Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul teria sido escolha melhor, porque o preço do trigo está permitindo, neste momento, um lucro ao redor de 15,04%. O milho já está 100% plantado e o trigo, apenas 27%. Fazer contas comparativas no período de planejamento das lavouras é um bom conselho”, comenta.
Os preços do milho estão em ascensão, indicando uma menor disponibilidade futura devido ao aperto na oferta global. Nas últimas três safras, a relação estoque/uso diminuiu, passando de 25,71% na safra 22/23 para 17,39% na safra 24/25, segundo o USDA. Isso tem impulsionado o aumento dos preços, como evidenciado pelas cotações na CBOT e na B3 brasileira. No entanto, apesar desse aumento, os preços ainda não são suficientes para cobrir totalmente os custos de produção.
“Como mencionamos no comentário acima, esta situação será muito benéfica para quem produz carnes (frangos, suínos, bovinos, etc) e muito prejudicial para quem produz apenas o grão. De um modo geral tende a beneficiar as cooperativas paranaenses, que têm grandes investimentos na produção de carnes, permitindo aos seus cooperados minimizam os prejuízos com a produção do grão”, conclui.
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