Se há um adversário indigesto para o Palmeiras de Abel Ferreira, este é o São Paulo. Na última segunda-feira, o Verdão se viu novamente sem saídas para vencer o rival e não evitou um empate sem gols no Morumbis, pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro.
O treinador tentou surpreender Luis Zubeldía, técnico adversário, levando a campo o garoto Estêvão como titular. A ideia era ter mais velocidade nas pontas, e por algum instante o Verdão até levou perigo, mas foi muito pouco.
Com toda a tensão em campo, fruto das inúmeras polêmicas dos últimos anos, as duas equipes tiveram muita vontade, mas pouca inspiração. As chegadas mais duras e os duelos individuais ofuscavam as jogadas mais plásticas.
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No primeiro tempo, o Palmeiras esteve organizado defensivamente e cedeu poucos espaços ao São Paulo. O problema é que o ataque também não achou saídas e se limitou a cruzamentos para a área que levaram pouco perigo.
A boa notícia é que os primeiros 45 minutos do clássico foram muito melhores do que os dos últimos jogos.
Na etapa final, o Verdão voltou mais ligado e teve a melhor chance nos pés de Lázaro – que entrou no lugar de Flaco López aos 9 minutos do segundo tempo. Após Endrick brigar pela bola e ganhar de Arboleda, o garoto serviu o companheiro de frente para o gol, que finalizou sem goleiro e viu Alisson salvar em cima da linha.
Outra vez o Palmeiras não liquidava um jogo contra o São Paulo quando teve a oportunidade. E quase custou caro. Aos 21 minutos, Calleri acertou a trave em um calcanhar dentro da área.
Com algumas dificuldades, Abel Ferreira fez mudanças no ataque que não surtiram efeito. O Verdão ficou mais desorganizado, e as jogadas já não aconteciam com naturalidade. O adversário também mudou, e a partir daí o que se viu foram duas equipes que apenas não queriam perder.
No fim das contas, o empate foi justo, mas que não tão bom para o Palmeiras no quesito tabela. Em 12 pontos disputados, o Verdão somou apenas cinco pontos e amarga uma 12ª colocação neste momento.
Ainda é cedo para qualquer sinal de alerta no torneio, mas os pontos perdidos no torneio sempre cobram um preço alto lá na frente.
Em relação ao confronto direto com São Paulo, ficará mais uma vez o gosto amargo de acumular um novo empate – o terceiro consecutivo – e seguir com o rival como a maior pedra no sapato da Era Abel Ferreira.
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