Uma pesquisa divulgada no fim do ano passado pela Mckinsey & Company, com 5,5 mil produtores, revelou que o agro brasileiro está liderando a aplicação da agricultura regenerativa globalmente, tanto na integração lavoura-pecuária como no uso de fertilizantes em taxa variável, que possibilita a aplicação de insumos conforme a necessidade específica de cada subárea. Esses métodos estão contribuindo para a melhoria da produtividade e a redução do impacto ambiental.
A agricultura regenerativa é um sistema de práticas agrícolas que busca regenerar e revitalizar os recursos naturais, como o solo, a água e a biodiversidade, ao mesmo tempo que produz alimentos de forma sustentável. Em vez de apenas manter ou mitigar danos, essa abordagem busca melhorar ativamente a saúde do solo ao longo do tempo.
Entre as técnicas de preservação estão o uso de cobertura vegetal (palhada) para proteger o solo e aumentar sua fertilidade; a rotação de culturas para reduzir a erosão e melhorar a saúde dos terrenos; a integração de animais para diversificar e enriquecer os sistemas agrícolas (integração lavoura-pecuária); e o uso de práticas agroflorestais para promover a biodiversidade e a resiliência do ecossistema.
São várias as vantagens da agricultura regenerativa. Ao focar na saúde do solo, ela promove o aumento da matéria orgânica, da biodiversidade microbiana e da estrutura mineral, tornando-o mais fértil e resiliente. Além disso, práticas como a cobertura vegetal, a rotação de culturas e o plantio de árvores contribuem para a captura de carbono da atmosfera e a redução do impacto ambiental, o que pode ajudar a tornar as plantações mais resistentes a secas e inundações.