Mesmo com temor da safrinha, o mercado internacional pressionou o milho e a Bolsa de Mercadorias de São Paulo (B3) cedeu novamente, segundo informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “Apesar da preocupação ainda vigente com a área de safrinha, e um dólar com variação praticamente neutra (-0,02%); o mercado cedeu à possibilidade de realização de lucro e à pressão internacional, onde a Bolsa de Chicago apresentou recuo de 9,0 pontos no maio/24”, comenta.
“Na variação semanal, os vencimentos também passam a apresentar um cenário negativo, com perdas de até R$ 1,03 no contrato maio/24. Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam em variações negativas: o vencimento de maio/24 foi de R$ 58,89 apresentando baixa de R$ 0,65 no dia, baixa de R$ 1,03 na semana; julho/24 fechou a R$ 59,40, baixa de R$ 0,18 no dia, baixa de R$ 0,44 na semana; o vencimento setembro/24 fechou a R$ 60,76, baixa de R$ 0,26 no dia e baixa de R$ 0,18 na semana”, completa.
Em Chicago o milho fechou em baixa com dúvidas do mercado quanto a perspectiva de área semeada nos EUA. “A cotação de maio24, referência para a nossa safra de verão, fechou em baixa de -2,07 % ou $ -9,00 cents/bushel a $ 426,50. A cotação para julho24, fechou em baixa de -1,84 % ou $ -8,25 cents/bushel a $ 441,00”, indica.
“Há algo que está chamando a atenção: o petróleo, que durante anos, correu paralelamente aos preços agrícolas, está em níveis historicamente elevados. Os US$ 80 por barril em Chicago (que não é o mercado de referência, mas é onde é negociado junto com grãos e derivados) são compatíveis com um preço do milho acima de US$ 250, que está em US$ 170/t. Nesses preços, a conversão do milho em etanol, para misturar com gasolina, é muito favorável. Este ano, nos Estados Unidos, foi autorizado um aumento de 15% durante o verão, que agora chega. A capacidade instalada nas destilarias seria um fator limitante, mas este é um bom cenário”, conclui.