A manhã de sexta-feira começou com uma manifestação no CT Carlos Castilho. Cerca de 40 torcedores do Fluminense foram ao local para protestar devido à má fase do time, que vive momento crítico na luta contra o rebaixamento à Série B do Campeonato Brasileiro.
Thiago Silva e Thiago Santos foram escolhidos para falar com lideranças de duas torcidas organizadas que entraram no CT, e o camisa 3 do Tricolor deu detalhes sobre como o elenco adotou o “modo permanência” na elite.
Thiago Silva foi quem mais tomou a frente do bate-papo. O zagueiro expôs que a pressão vinda das arquibancadas cai de forma diferente entre atletas do elenco. Enquanto jogadores mais jovens sentem mais a cobrança, nomes mais experientes – como o próprio camisa 3 – sabem lidar melhor com as queixas da torcida.
Thiago é visto como uma pessoa pouco individualista no cotidiano do Fluminense. Por isso, ele evita chamar os holofotes para situações particulares próprias, como seu contrato, em momentos de pressão coletiva – como é o caso atual do Tricolor.
O camisa 3 reiterou que o principal objetivo é a permanência na Série A a qualquer custo. Mas também disse que seu futuro no clube não está sob risco: caso o desfecho do ano do Tricolor seja o pior possível, com rebaixamento à Série B, Thiago Silva vai permanecer no Fluminense. O fato de o zagueiro torcer para o clube carioca é outro fator que faz pesar o lado emocional.
Os torcedores também criticaram algumas das escalações do técnico Mano Menezes, chamando a atenção para as ausências de Lima e Cano entre os titulares contra o Criciúma. Neste momento, Thiago Silva preferiu se abster, entendendo que a escolha por um ou outro jogador cabe apenas ao treinador.
Desta vez, não houve contato entre o grupo de torcedores e membros da alta cúpula do futebol, como aconteceu em protesto de outubro. O policiamento nos arredores do CT Carlos Castilho foi reforçado em meio à situação do time. A diretoria, por sua vez, entende que está “fazendo de tudo” em seu alcance para evitar a queda no Campeonato Brasileiro.
A antecipação da viagem para o Paraná surge como exemplo desse cenário. Dirigentes entenderam que aumentar o período de concentração e realizar um treino no campo sintético do Coritiba seriam duas medidas para potencializar o desempenho contra o Furacão.