Briga entre dois meninos de 11 e 12 anos durante partida de futebol em condomínio de Campo Grande virou caso de justiça. Pai de um dos garotos, policial federal, foi acusado de agredir uma criança e uma mulher. O caso, ocorrido em 10 de janeiro, resultou em medida protetiva para as vítimas. A situação se agravou com difamação pela mãe do garoto mais novo, levando a mais uma solicitação de medida protetiva, ainda não deferida. O servidor público federal, pai do menino mais velho, busca solução para o conflito que se estende desde então.
Ao Campo Grande News, o pai do menino mais velho relatou que no dia da briga estava trabalhando quando recebeu a ligação da funcionária responsável por cuidar das crianças. Ela contou que os garotos jogavam futebol quando se desentenderam, porém, o vizinho acabou tomando as dores do filho e acabou “passando do ponto’.
“Ele chegou alterado, gritando, pegou meu filho pelo braço, o arrastou e o ameaçou. Depois minha funcionária tentou intervir para impedir a agressão, mas teve o braço agarrado por ele também. Ela chegou a tentar soltar o braço e ele a empurrou, depois saiu andando e ameaçando os dois’, relatou à reportagem o servidor público federal.
O homem então foi avisado e decidiu ir até o condomínio para resolver a situação. Naquele mesmo dia, a família procurou a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Cepol (Centro Especializado de Polícia Integrada) e um boletim de ocorrência foi registrado como vias de fato. No documento, as crianças e a mulher aparecem como vítimas, e o PF como autor.
Na ocasião, o pai do menino decidiu também solicitar medida protetiva que foi deferida no dia seguinte. Já no dia 13 de janeiro, o policial federal compareceu à delegacia junto com seus filhos e prestou depoimento. Em sua versão, eles foram agredidos pelo garoto mais velho. Fato que estaria comprovado em imagens de câmeras de segurança que não puderam ser divulgadas para a imprensa.
No entanto, segundo o servidor público federal, a situação acabou tendo uma escala maior, já que o filho e família dele passaram a ser difamados pelo condomínio por conta do registro feito na delegacia. “A esposa dele [PF], mãe do garoto, começou a falar mal da gente. Ela começou a falar para as mães não deixarem as crianças brincarem com o meu filho porque ele havia agredido o filho dela, falou coisas do meu caráter, enfim’, relatou o homem.
Foi então que ele procurou novamente a delegacia e informou que houve quebra de medida protetiva e solicitou também a medida contra a esposa do policial federal, pedido que ainda não foi apreciado pela Justiça. “Eu decidi procurar a reportagem porque a situação está insustentável. Foi uma briga de crianças que um adulto acabou agredindo uma criança e uma mulher, depois passaram a difamar e caluniar a gente. Eu só queria que isso parasse’, alegou o servidor público federal.
O Campo Grande News procurou a esposa do policial federal e mãe do outro menino envolvido na briga, mas até o momento da publicação a mensagem não foi respondida. O espaço segue aberto.
BATANEWS.