Os preços do milho registraram leves aumentos em algumas regiões no Brasil, enquanto a estabilidade foi mantida em outras, de acordo com dados da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA). A média de preço no estado do Rio Grande do Sul atingiu R$ 53,42 por saco, enquanto em outras regiões do país variou entre R$ 35,00 e R$ 55,00 por saco.
O planejamento do milho de verão no Centro-Sul brasileiro enfrentou desafios, com apenas 53% da área esperada plantada até o final de outubro, em comparação com 56% no mesmo período do ano anterior. O excesso de umidade e a presença de granizo afetaram diversas regiões, atrasando o plantio e comprometendo parte das atividades já semeadas.
No Rio Grande do Sul, o plantio atingiu 78% da área esperada até 1º de novembro, superando a média histórica para essa época do ano. No Paraná, 93% da área destinada ao milho já estava plantada até o final de outubro, com 83% das atividades em boas condições.
Diante dos desafios climáticos, analistas privados indicam que a produção de milho no Brasil para o período 2023/24 pode diminuir em 8% em relação ao ano anterior, totalizando 128 milhões de toneladas. A produção da safrinha é estimada em 99 milhões de toneladas, uma queda de 8,7% em comparação com 2022/23.
Em outubro, o Brasil exportou um total de 8,4 milhões de toneladas de milho, um aumento de 24,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior. A média diária de embarques foi 12,7% superior ao ano anterior. Segundo consultores privados, o ritmo das exportações continuará influenciando os preços internos do milho. A expectativa é de fechar dezembro com 52 milhões de toneladas exportadas, além de mais 10 milhões a serem exportadas em janeiro e fevereiro do próximo ano.
Apesar do aumento nas exportações, o preço da tonelada exportada diminuiu 19,5% em relação ao ano anterior, fechando em US$ 226,60 na média de outubro de 2023.
BATANEWS