Thiago Carpini está prestes a ser anunciado como novo técnico do Santos. Na noite da última terça, o treinador aceitou a oferta salarial do Peixe e fechou o acordo para ser o técnico do clube ao longo da próxima temporada, quando a equipe da Vila Belmiro disputa – pela primeira vez em sua história – a Série B do Brasileirão.
Nascido em Valinhos, no interior de São Paulo, Carpini tem 39 anos e está em evidência na carreira. Embora novo para a profissão, o treinador não estava no radar apenas do Santos, mas também de outros clubes da Série A. Para tirá-lo do Juventude, o Peixe terá que desembolsar uma multa de aproximadamente R$ 1 milhão ao clube gaúcho.
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Mas, afinal, o que fez o Peixe ir atrás do técnico em Caxias do Sul? Abaixo, o ge traz cinco motivos que motivaram o Santos a contatar Carpini.
Destaque da temporada
O ano de 2023 foi o melhor da carreira de Thiago Carpini. No primeiro semestre, dirigindo o modesto Água Santa, levou o clube de Diadema à final do Campeonato Paulista, derrubando o São Paulo nas semifinais, e parou apenas no favorito Palmeiras no Allianz Parque.
A princípio, a ideia seria tirar o segundo semestre para estudos. O treinador faria o curso da Uefa e tinha passagem comprada para pelo menos dois países da Europa após a histórica campanha no Paulistão.
Antes de embarcar, o Juventude o convidou para assumir o time na Série B do Brasileirão. Carpini aceitou, assumiu o clube na zona de rebaixamento e terminou a temporada com o acesso para a Série A de 2024.
Grande chance da carreira
Rebaixado pela primeira vez em sua centenária história, o Santos não quer correr riscos ao longo da próxima temporada. A diretoria eleita entende que o clube precisa de alguém compromissado e que “compre a ideia do clube” ao longo de 2024.
Apesar dos bons trabalhos em sequência, Carpini ainda não teve a oportunidade de treinar um clube grande e com projeção nacional. O Santos será o grande atrativo da Série B e, embora esteja em baixa, entende que pode oferecer ao treinador uma vitrine que ele jamais teve na carreira.
Experiência na Série B
O possível novo treinador do Santos possui experiência justamente naquilo que o Peixe terá como grande objetivo na próxima temporada: a Série B do Campeonato Brasileiro.
Carpini já jogou a competição em sua época de atleta e, enquanto treinador, comandou o Guarani e o Juventude na Segunda Divisão. Em sua última experiência, foram 32 jogos com 64,5% de aproveitamento com o clube de Caxias do Sul – mais do que o suficiente para garantir o acesso.
Ideias modernas de jogo
Apontado como dono de um perfil estudioso, Carpini tem se preparado ao longo dos últimos anos para assumir um clube de grande expressão. Fã da escola argentina de futebol, o treinador viajou recentemente ao país vizinho para colher informações e conhecer de perto a estrutura e metodologia de alguns dos principais clubes de lá.
Embora não tenha o tal do “DNA Ofensivo” como marca de seu trabalho, o alvo do Santos gosta de times compactos, de intensidade física, boa marcação e que saibam controlar o jogo através da posse de bola. Em 2023, Carpini apenas não tirou sua licença Uefa por uma questão de conflito de agenda, acima explicada.
Habilidade para lidar com orçamentos enxutos
Até o presente momento, o treinador jamais trabalhou com um elenco de grandes astros. No Água Santa, vice-campeão paulista, a folha salarial era de R$ 800 mil. No Juventude, o gasto mensal foi ligeiramente superior a R$ 1 milhão com o pagamento ao grupo de jogadores.
Atualmente, o Santos possui uma folha de R$ 11 milhões, porém o número sofrerá significativas reduções. Por mais que o presidente eleito Marcelo Teixeira decida reduzir este valor pela metade, já seria muito mais do que qualquer outra folha já trabalhada por Carpini.
BATANEWS