A defesa do ex-jogador Robinho apresentou ao STF (Supremo Tribunal Federal) um habeas corpus no qual pede que a Corte suspenda a ordem de prisão imediata determinada pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) até que não haja mais possibilidade de apresentar recursos. O caso ainda não tem relator. Na quarta-feira (20), o STJ determinou que ele deve cumprir no Brasil a condenação que recebeu na Itália de nove anos em regime fechado por estupro.
“A medida de permitir a imediata prisão do requerido, independentemente do trânsito em julgado da decisão que a determina, todavia, afronta jurisprudência dessa colenda Suprema Corte’, diz o pedido apresentado ao STF.
Segundo a defesa, o ex-jogador aguardou em liberdade durante todo o processo de homologação da condenação e nunca representou um risco à aplicação da legislação pátria. Dessa forma, os advogados de Robinho dizem que a liberdade dele é de rigor até o trânsito em julgado da discussão.
“Além do mais, existe grande plausibilidade jurídica de que o Supremo Tribunal Federal possa rever a decisão homologatória do Superior Tribunal de Justiça, pois a pretensão apresentada pelo Estado italiano, de que seja homologada decisão condenatória penal para que seja executada no Brasil pena estabelecida no estrangeiro, coloca-se em chapada contrariedade à Constituição da República’, afirma a defesa.
O STJ decidiu, por 9 votos a 2, homologar a sentença italiana contra o ex-jogador. Além disso, a corte determinou a prisão imediata dele. O ex-jogador foi condenado pelo crime de estupro coletivo contra uma mulher albanesa em uma boate de Milão, na Itália, em 2013. Em março do ano passado, o relator do caso, ministro Francisco Falcão, determinou cautelarmente que Robinho entregasse o seu passaporte ao STJ.
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