O afastamento de quatro conselheiros do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE/MS) tem deixado deputados estaduais de olhos bem atentos às próximas movimentações, que podem até fazer sobrar vagas na Côrte de Contas.
Dos quatro afastados, dois seriam substituídos por indicações políticas: Waldir Neves e Osmar Jerônymo. Além disso, há vaga já certa de Jerson Domingos, que se aposentará obrigatoriamente em novembro do próximo ano, ao completar 75 anos.
Seguindo o rito normal, a vaga de Jerson será a próxima aberta. Hoje, Sérgio de Paula, ex-chefe da Casa Civil de Reinaldo Azambuja, seria o principal cotado. Seria dele, também, segundo deputados ouvidos pela reportagem, a primeira vaga, caso um dos conselheiros afastados aposentassem ou perdessem a função por decisão judicial.
Depois de Sérgio, surge como principal cotado o deputado Márcio Fernandes (MDB), que afirma ter votos suficientes para ser o escolhido. Há deputados que, inclusive, afirmam que ele venceria até Sérgio de Paula no voto. Ele nega que tenha intenção de disputar com Sérgio no voto.
Além de Márcio, já declaram desejo, em algum momento, os deputados estaduais Paulo Corrêa (PSDB) e Junior Mochi (MDB). Os deputados afirmam que não abrirão mão de escolher um deputado estadual para a vaga, caso Waldir Neves saia da função.
Quem também já demonstrou interesse no cargo de conselheiro é o chefe da Casa Civil do Governo do Estado, Eduardo Rocha, que hoje não tem mandato. Neste caso, precisaria voltar a disputar uma vaga de deputado para concorrer, caso os deputados mantenham a decisão de indicar um parlamentar.
As vagas de conselheiros são divididas em corpo técnico (duas), indicações da Assembleia (três) e do governador (duas). Todavia, nada impede deputados de indicarem alguém que não seja da Casa, algo que aconteceu quando a senadora Marisa Serrano ganhou a vaga sonhada por Antônio Carlos Arroyo.