Os últimos atos do ditador Nicolás Maduro, que inicia nesta terça-feira (13) um cerco formal à comunicação por redes sociais no país, ampliando ataques à oposição e reagindo com violência a protestos tornaram evidente, até na avaliação de aliados, o “equívoco” do PT em chancelar uma suposta vitória do autocrata na última eleição, algo que nem o governo Lula fez.
“É um clássico já aqui em Brasília: o PT quando quer ajudar, atrapalha”, ironiza um conselheiro do MDB.
O partido, segundo avaliação inclusive de pessoas próximas a Lula, colocou o presidente em uma encalacrada política ao redigir a nota – esse grupo alega que o petista só soube do texto depois de ele ser publicado.
Mais: esse segmento aponta que, se está difícil para o presidente, imagine para os candidatos do PT em grandes cidades, como Maria do Rosário, em Porto Alegre, agora constantemente questionada sobre a posição da legenda — especialmente por ser dirigente da sigla.
Nesta semana, Maduro suspendeu a atuação do X na Venezuela e pediu que seus compatriotas desinstalem o WhatsApp dos telefones celulares. Ele também acusou o Tik Tok de fazer uma “campanha fascista” contra sua gestão.
As redes sociais se tornaram quase que o único flanco de articulação da oposição popular. Isso porque, antes de chegar às redes, Maduro e o chavismo fecharam e confiscaram todos os veículos de mídia tradicional que atuavam com crítica e isenção.