De acordo com a StoneX, a soja apresentou uma semana estável, com o contrato de novembro/24 fechando a sexta-feira a US¢1006/bu, registrando uma leve alta de 0,1%. O principal destaque foi o relatório WASDE, que trouxe uma revisão marginal para baixo na produção dos EUA, enquanto o Paraguai apresentou expectativas de aumento na produção para a safra 2024/25. Apesar de uma pequena queda, o mercado reagiu com cautela, mantendo os preços relativamente estáveis.
Outro fator relevante foi o resultado do esmagamento de soja nos Estados Unidos em agosto, que totalizou 4,3 milhões de toneladas. Esse número ficou abaixo do que foi registrado em julho/24 e agosto/23, além de ser inferior à mediana das expectativas do mercado. Contudo, essa redução no ritmo de esmagamento era esperada devido à sazonalidade do período, uma vez que a safra está se aproximando do fim, com menos volumes disponíveis e algumas esmagadoras entrando em manutenção em preparação para o próximo ciclo, que se inicia em outubro.
No mercado de milho, o cenário foi diferente, com o contrato de dezembro/24 registrando uma alta de 1,7%, fechando a semana cotado a US¢413,75/bu. O WASDE não trouxe grandes novidades para o cereal, apenas uma revisão positiva de 0,03 ton/ha na produtividade das lavouras norte-americanas, elevando a média para 11,52 ton/ha, o que adicionou 1 milhão de toneladas à produção total. Mesmo com esses dados, a alta nos preços do milho foi impulsionada por outros fatores, principalmente os conflitos geopolíticos no Mar Negro.
Na última quinta-feira (12), um navio graneleiro ucraniano foi atingido por bombardeios russos, o que gerou um aumento nos prêmios de risco da região, importante exportadora de milho e trigo para mercados como Europa e China. Com o início da colheita da safra de primavera ucraniana, a capacidade de escoamento pelos portos do Mar Negro está sendo monitorada de perto pelos agentes de mercado, criando incertezas adicionais no cenário global de grãos.
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