Um crime brutal e cercado de mistério abalou o município de São Luís do Curu, na Região Metropolitana de Fortaleza (CE). O ex-conselheiro tutelar Gilson Ferreira de Moura, de 36 anos, foi encontrado morto e esquartejado, com a boca trancada por um cadeado, em um terreno baldio da cidade. O corpo foi localizado na última quinta-feira (27/6), um dia após o desaparecimento da vítima.
De acordo com familiares, Gilson havia saído normalmente de casa na quarta-feira (26/6), dizendo que iria trabalhar na Secretaria de Obras de Uruburetama, onde também atuava como servidor público. No mesmo dia, ele chegou a fazer uma ligação para a mãe, demonstrando que estava bem. No entanto, ao anoitecer, não retornou para casa e deixou de responder chamadas no celular, o que levantou a preocupação da família.
Diante do desaparecimento, os parentes registraram um boletim de ocorrência e deram início às buscas com apoio da Polícia Civil do Ceará (PCCE). O corpo foi encontrado em uma área isolada da cidade, já sem as mãos e pernas, com claros sinais de violência extrema. Um detalhe macabro chamou a atenção dos investigadores: a boca da vítima havia sido trancada com um cadeado, o que pode indicar uma mensagem simbólica do autor ou autores do crime.
Investigação em andamento
O caso está sendo tratado com prioridade pela Polícia Civil, que tenta descobrir quem cometeu o crime e qual seria a motivação. A brutalidade e o padrão de execução levantam suspeitas de vingança, represália ou possível envolvimento de facções criminosas. Até o momento, ninguém foi preso.
A população local está em choque com a violência do crime. Amigos e ex-colegas de Gilson descrevem o ex-conselheiro como uma pessoa tranquila, dedicada ao trabalho e à família. Ele já havia atuado no sistema de proteção à infância e adolescência, o que, segundo analistas de segurança, poderia ter colocado a vítima em situações de risco ao longo dos anos.
Clamor por justiça
Nas redes sociais, amigos e moradores da região expressaram tristeza e revolta. “Não podemos aceitar que um crime tão cruel fique impune. Gilson era um homem de bem”, comentou uma ex-colega de trabalho.
A Polícia Civil reforçou que todas as hipóteses estão sendo consideradas e pediu apoio da população com informações que possam ajudar na elucidação do crime. Denúncias podem ser feitas de forma anônima pelo número 181.
