Os preços da soja tiveram comportamento misto em agosto, mês marcado por negócios em ritmo lento. Os agentes aproveitaram repiques pontuais para comercializar, diante de um quadro que se configura negativo para as cotações.
No balanço do período, tanto câmbio como os contratos futuros na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) recuaram.
Em Chicago, os contratos com vencimento em novembro apresentaram retração de 2,12% no mês, cotados na manhã da sexta (30), a US$ 10,00. No entanto, em boa parte do mês, a posição mais negociada ficou abaixo desse patamar.
A pressão sobre Chicago está sendo exercida pelo bom desenvolvimento das lavouras estadunidenses. O clima beneficiou a soja na atual temporada e, com a colheita próxima a ter início, as expectativas são positivas sobre o tamanho da safra, que deve ser a maior da história.
A produção norte-americana deverá totalizar 4,74 bilhões de bushels (aproximadamente 129 milhões de toneladas) em 2024, com produtividade média de 54,9 bushels por acre. A previsão foi divulgada pela Pro Farmer, após a realização da sua tradicional Crop Tour, entre 19 e 23 de agosto.
Projeção acima do USDA
A estimativa de produção indicada ficou acima do projetado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em seu mais recente relatório, de 4,589 bilhões de bushels. O USDA trabalha com rendimento de 53,2 bushels por acre.
O dólar também cedeu no balanço do mês na comparação com o real, mas segue em níveis elevados. Na manhã do dia 30, a moeda era cotada a R$ 5,62, com uma queda de 0,56% no mês.
Mas, durante o período, a moeda oscilou bastante, com picos acima de R$ 5,80, que favoreceu negócios pontuais e conteve a queda nos preços da soja no mercado físico.
batanews