De acordo com as informações divulgadas pela TF Agroeconômica, o cenário do mercado de milho apresenta vários fatores de alta e baixa, influenciados por eventos globais e internos. Entre os fatores de alta, destaca-se o impacto político no Oriente Médio, que pode afetar o preço do petróleo e, consequentemente, a demanda por etanol de milho nos EUA e no Brasil. Além disso, a disputa pelos estoques de milho no Brasil entre exportadores e indústrias de carne, impulsionada pela alta nos preços do boi e do suíno, tende a manter os preços elevados. No entanto, a consultoria recomenda aos produtores que aproveitem os bons níveis atuais para fixar preços, garantindo algum lucro, devido às margens apertadas desta temporada.
Entre os fatores que pressionam o mercado para cima, a TF Agroeconômica aponta as chuvas nos EUA após a passagem do furacão Helene, que podem atrasar a colheita em regiões estratégicas do país. No Brasil, a possível demora na semeadura da soja, que precede o plantio do milho safrinha, pode comprometer a produção de 77% da oferta nacional. Além disso, a redução na estimativa de produção de milho na União Europeia e o aumento das tarifas de exportação de milho na Rússia, somado à pior colheita russa desde 2018, também são elementos que sustentam a alta dos preços. Internamente, o aumento significativo nos preços das carnes no Brasil, com a carne suína subindo 33,93% no ano, e os prêmios elevados oferecidos pelos exportadores para atrair volume para embarques, contribuem para esse cenário altista.
Por outro lado, os fatores de baixa incluem o avanço da colheita de milho nos Estados Unidos, que já atinge 14%, acima da média histórica, e o estado das lavouras, com 65% das plantações em boas ou excelentes condições. O relatório semanal do USDA sobre as exportações dos EUA também foi negativo, com vendas de milho abaixo do esperado, o que pode frear o otimismo no mercado. Além disso, o início da colheita da safrinha no Brasil, que já avançou 26% da área estimada, pode contribuir para o aumento da oferta e amenizar as pressões de alta.
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