Em mais um dia negativo na Bolsa de Mercadorias de São Paulo (B3), o milho acumula perdas de até -2,51% no vencimento novembro/24, de acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “Os vencimentos de milho fecharam o pregão desta sexta-feira em baixa, acompanhando o tom de preocupação da bolsa americana a respeito de uma pausa no avanço da produção de etanol a partir do cereal”, comenta.
“Conforme relata o site Farm Progress; governadores de oito estados solicitaram à Agência de Proteção Ambiental (em inglês, EPA) no ano passado que lhes permitisse vender gasolina misturada com 15% de etanol durante todo o ano. O argumento foi de que a guerra na Ucrânia traria consequências aos preços nas bombas. No Brasil, paira a incerteza sobre o avanço de plantio em diversos estados, em vista de fatores climáticos que têm se apresentado especialmente desafiadores neste final de 2023”, completa.
Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam em baixa. “O vencimento de janeiro/24 foi de R$ 67,72, baixa de R$ -1,09 no dia, alta de R$ 0,55 na semana; março/24 fechou a R$71,79 baixa de R$ -0,91 no dia, alta de R$ 1,03 na semana; o vencimento maio/24 fechou a R$ 72,65, baixa de R$-0,70 no dia e alta de R$ 0,94 na semana”, indica.
Em Chicago, o cereal fechou o dia e a semana em baixa de olho na América do Sul. “A cotação para dezembro23, a principal data negociada nos EUA, fechou em baixa de -1,17 % ou $ -5,50 cents/bushel a $ 463,25. A cotação de março24, referência para a nossa safra de verão, fechou em baixa de -1,08 % ou $ -5,25 cents/bushel a $ 482,50”, informa.
“As causas da queda diária não mudaram muito dos motivos das oscilações na semana. Clima e plantio no Brasil e Argentina. Durante a semana se observou um bom progresso no plantio do milho argentino, assim como o clima no Brasil foi um pouco mais ameno, dando uma pausa nos extremos vividos na região sul e centro- oeste”, conclui.