Segundo a TF Agroeconômica, a recomendação atual é aproveitar a alta nas cotações do milho na B3 e fixar o restante da safra para maximizar a lucratividade. A alta dos preços pode ser impulsionada pela menor produção brasileira e pela redução da oferta de milho da Ucrânia, aumentando a concorrência entre exportadores e indústrias de carne no Brasil. No entanto, os altos custos para as indústrias de carne podem limitar a demanda no futuro, o que poderia frear as cotações.
Entre os fatores de alta, destaca-se a projeção de menor produção de milho no Brasil. Conforme divulgado pela Conab e pelo Banco do Brasil, a produção esperada para 2024/2025 é de 119,78 milhões de toneladas, significativamente abaixo das estimativas do USDA, que preveem 127 milhões de toneladas. Além disso, a Ucrânia, outro grande produtor de milho, deverá ter uma queda significativa em sua produção e exportação, com projeções revisadas para 21-22 milhões de toneladas, comparadas às 27,2 milhões previstas pelo USDA. O cenário de disputa no mercado brasileiro já impulsionou os preços médios do milho para R$ 62,20/saca, de acordo com o CEPEA, apesar de ainda estarem abaixo do custo de produção.
Por outro lado, alguns fatores de baixa também podem influenciar as cotações. As exportações semanais dos EUA, apesar de acima das expectativas, ainda não atingiram o nível ideal para sustentar uma recuperação global. Além disso, o avanço da colheita americana e a melhoria das condições das lavouras pressionam o mercado. O USDA indicou que 65% das lavouras de milho estão em condições boas ou excelentes, o que aumenta a oferta no mercado e reduz as pressões de alta nos preços.
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