De acordo com as informações divulgadas pela TF Agroeconômica, os especialistas recomendam que os produtores de milho considerem a colocação de ordens de compra nesta semana, apesar das cotações ainda estarem abaixo dos custos de produção. Segundo o Deral-PR, o custo médio de produção de milho é estimado em R$ 73,60/saca, enquanto as projeções da B3 para 2025 não ultrapassam R$ 70,79/saca, com previsão de R$ 71,00/saca para janeiro de 2026. A recomendação visa minimizar os prejuízos, dado que o mercado futuro apresenta chances de recuperação.
Um fator que merece atenção são as condições climáticas desfavoráveis nas regiões Centro-Oeste e Norte do Brasil, onde a falta de umidade pode atrasar o plantio de soja e, consequentemente, impactar o cronograma da safrinha de milho de 2025. Caso esse cenário se concretize, há a possibilidade de que o mercado retorne à lucratividade, tanto no físico quanto no futuro. Outro destaque é que, na safra 2023/24, o plantio de milho foi mais vantajoso para os produtores que também atuam na produção de carnes.
Entre os fatores de alta para o milho, está a disputa entre indústrias de carne e exportadores, após uma safra menor do que o esperado, e o aumento nos preços das carnes, que tem impulsionado a demanda e os preços do grão. Por outro lado, a queda do dólar e as exportações 25% menores de milho brasileiro em comparação com 2023 estão contribuindo para a pressão de baixa nos preços no mercado interno. Com esses cenários em mente, é importante que os produtores e investidores acompanhem de perto as variáveis climáticas e cambiais, que podem influenciar diretamente o desempenho do mercado de milho.
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