A Polícia Federal abriu, nesta terça-feira (22), um inquérito para apurar as causas que levaram ao apagão em 25 estados e no Distrito Federal, registrado no último dia 15 de agosto.
Em nota divulgada à imprensa, a PF afirmou que a apuração corre em sigilo e ‘apura os crimes de sabotagem e atentado contra a segurança de serviço de utilidade pública’.
A abertura do inquérito havia sido requisitada pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ainda no dia do apagão. A investigação ficará a cargo da Diretoria de Inteligência Policial da PF (DIP), em Brasília.
De acordo com a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), cerca de 29 milhões de unidades consumidoras, como residências, comércios, escolas e hospitais foram afetadas pelo apagão. Somente o estado de Roraima não foi afetado. Em Mato Grosso, foram 343 mil imóveis sem energia elétrica.
Em análise ao RepórterMT , o jornalista Onofre Ribeiro levantou a hipótese de que o ‘apagão’ tenha sido proposital, com objetivo de justificar a compra de energia da Venezuela, como foi autorizado via decreto pelo presidente da República, Luiz Inácio da Silva (PT), apenas 10 dias antes da queda de energia.
“Cria-se o boicote para dar a impressão de que o sistema não é confiável e por isso ‘precisa’ comprar a energia da Venezuela. Ao mesmo tempo mostra que a empresa privatizada não é eficiente. Essa é a intenção”, salienta.
“Eu não creio em sabotagem. Não. Foi desligado propositadamente e isso já foi feito antes. Foi política barata, que ilude a população com a história de desprivatizar a Eletrobras para ocupá-la politicamente e ao mesmo tempo justificar a ideia de que é uma fragilidade do sistema e precisa trazer a energia da Venezuela. É um golpe vergonhoso”, emendou.
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Falha no Ceará
Análise preliminar do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) divulgada na última quinta (17) apontou que o desligamento de uma linha de transmissão da Chesf, subsidiária da Eletrobras, no Ceará, é que desencadeou o apagão em todo o país.
A linha é a Quixadá-Forteleza II. Segundo o ONS, houve uma “atuação incorreta” do sistema de proteção, que desligou a linha sem que tenha havido curto-circuito no sistema elétrico.