Sendo eu uma mulher na casa dos 30 anos que frequentemente digitava “TDAH” no meu computador, algo intrigante ocorreu em 2021. Fui surpreendida por uma série de anúncios online, todos relacionados ao TDAH, ou seja, ao transtorno de déficit de atenção com hiperatividade.
Entre eles, uma avaliação gratuita de um minuto para determinar a possibilidade de eu possuir o distúrbio, uma oferta de um jogo digital destinado a “reativar” o meu cérebro e até mesmo um anúncio indagando se eu estava experimentando dificuldades no trabalho apesar dos meus esforços.
A razão pela qual o termo “TDAH” se tornou uma presença constante na minha vida digital decorre do fato de eu ser uma psicóloga clínica que se dedica exclusivamente a tratar pacientes com TDAH.
Além disso, desfruto da posição de pesquisadora psiquiátrica na Escola de Medicina da Universidade de Washington, onde investigo as tendências do TDAH ao longo da vida.
Esses anúncios representavam uma nova e impressionante tendência. No ano seguinte, em outubro de 2022, a Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA (U.S. Food and Drug Administration) anunciou uma escassez nacional de sais mistos de anfetaminas, os quais são comercializados sob a marca Adderall.