Na primeira quinzena de agosto, os preços do boi gordo registraram um movimento de alta na maioria dos estados brasileiros, de acordo com o Boletim Agropecuário de agosto do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa). Mato Grosso do Sul liderou o aumento, com 4,5%, seguido por Minas Gerais, com 4,4%, Goiás, com 4,3%, e São Paulo, com 2,4%. No Paraná, houve um incremento de 2,0%, enquanto Santa Catarina e Mato Grosso apresentaram altas modestas de 0,3% e 0,1%, respectivamente. O Rio Grande do Sul, por sua vez, manteve os preços inalterados em relação ao mês anterior.
Segundo o Boletim Agropecuário, na comparação com agosto do ano passado, a maioria dos estados apresentou variações positivas, sendo que o Rio Grande do Sul destacou-se com um aumento de 24,7%. Minas Gerais registrou uma elevação de 11,4%, Goiás de 8,9%, Mato Grosso de 7,6% e São Paulo de 6,5%. Em Mato Grosso do Sul, a alta foi de 5,7%, enquanto o Paraná teve um acréscimo de 1,8%. Em contrapartida, Santa Catarina foi o único estado a registrar queda, com uma retração de 8,8% em comparação ao mesmo período de 2023.
Especificamente em Santa Catarina, os valores do boi gordo apresentaram variações distintas entre as regiões. No Oeste, houve um leve aumento de 0,5% em relação ao mês anterior, enquanto na região Planalto Sul os preços permaneceram estáveis. No entanto, comparando-se com agosto de 2023, ambos os locais registraram quedas significativas, de 16,4% no Oeste e 10,4% no Planalto Sul, conforme os dados do boletim.
O mercado de carne bovina em Santa Catarina também mostrou variações distintas. Os preços dos cortes de dianteiro apresentaram uma alta de 1,0% em relação ao mês anterior, enquanto os cortes de traseiro tiveram uma leve queda de 0,1%. A média geral dos preços indicou uma elevação de 0,4%, acumulando uma alta de 1,1% no ano. Contudo, em comparação com agosto de 2023, os valores ajustados pelo IGP-DI mostraram reduções nos preços de ambos os cortes, com uma média de queda de 6,8%.
No segmento de cria e engorda, o preço médio dos bezerros até um ano foi de R$ 9,57 por quilo, e o dos novilhos de R$ 8,68 por quilo em julho, refletindo quedas de 0,1% e 1,1%, respectivamente, em relação ao mês anterior.
Em julho, o Brasil atingiu um recorde histórico nas exportações de carne bovina, com o embarque de 265,7 mil toneladas, representando um aumento de 21,3% em comparação ao mês anterior e 43,9% em relação ao mesmo mês de 2023. As receitas alcançaram US$ 1,14 bilhão, um aumento de 20,3% sobre junho e 34,0% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse desempenho foi impulsionado pelos principais destinos, como China, Estados Unidos, Emirados Árabes Unidos, Chile e Hong Kong, que juntos responderam por 68,2% das receitas de exportação.
Em contraste, as exportações de carne bovina de Santa Catarina apresentaram um desempenho negativo em julho. O estado exportou 78,2 toneladas, gerando uma receita de US$ 370,3 mil, o que representou quedas de 46,2% em quantidade e de 41,9% em receitas em comparação com julho de 2023. No acumulado do ano, no entanto, houve um crescimento de 45,3% no volume exportado e de 56,8% em receitas, totalizando 993,0 toneladas e US$ 3,84 milhões, respectivamente.
O setor de produção e abate de bovinos em Santa Catarina registrou um aumento de 7,1% nos primeiros sete meses de 2024 em relação ao mesmo período do ano anterior, com um total de 369,5 mil cabeças abatidas, segundo dados da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), sistematizados pela Epagri/Cepa e divulgados no Observatório Agro Catarinense.
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