As condições das lavouras de milho nos Estados Unidos pioraram devido ao clima extremo em alguns estados do cinturão, conforma a análise semanal do Grão Direto. Fortes chuvas, algumas acompanhadas de granizo, e altas temperaturas dificultaram a evolução das lavouras em sua fase inicial. No entanto, a previsão de temperaturas mais amenas e chuvas menos severas traz um alívio para os produtores norte-americanos, abrindo espaço para mais quedas nas cotações na bolsa de Chicago.
No início da safra, em março, a soja ganhou área sobre o milho devido à relação de preços favorável. O relatório Acreage Report revelou um aumento de área para a soja, mas não tão grande quanto o esperado. A área de milho foi 1,439 milhões de acres maior do que a previsão de março, o que ameniza as possíveis adversidades climáticas e exerce uma pressão baixista sobre o cereal na bolsa de Chicago para as próximas semanas.
Na China, as perspectivas de aumento na produção de milho enfrentam desafios climáticos, com fortes chuvas de granizo devastando lavouras em condições iniciais. Caso ocorra uma quebra na safra norte-americana, a questão é quem suprirá a demanda do mercado. O Brasil, que até então se mostrava a origem mais barata, pode perder essa posição devido às recentes quedas na bolsa de CBOT, tornando o milho norte-americano mais atrativo. Para a demanda sazonal de cerca de 25 milhões de toneladas, é provável que a China origine esse volume no Brasil, oferecendo um respiro nos preços para o milho brasileiro.
O cenário permanece desfavorável para o milho, com alta volatilidade diante dos indicadores gerais. A tendência é de mais uma semana de baixa nas cotações.
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