Após se reunirem em assembleia, os professores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), decidiram aderir à greve por reajuste salarial de 22%, dividido em três parcelas (2024, 2025 e 2026) e em defesa da educação superior pública de qualidade.
A Associação dos Docentes da UFMS, informou que a primeira paralisação ocorrerá no dia 3 de abril, seguindo recomendação do Fórum Nacional das entidades Federais.
A assembleia que definiu pela adesão da greve teve 34 votos favoráveis e 25 contrários. Ficou definido o apoio aos servidores administrativos da universidade que estão em greve desde o dia 15 de março.
Entre as demandas estão uma carta ao presidente Lula, expondo as exigências da categoria, assim como o apoio a greve dos servidores-técnicos da universidade, uma reunião para buscar apoio com a Frente Parlamentar da Educação.
Servidores técnicos-administrativos
São 1.700 técnicos-administrativos que desempenham diversas funções e estão em greve desde o dia 14 de março. A categoria está brigando por plano de carreira, assim como o reajuste salarial que está defasado em se comparado a outros setores.
O governo chegou a propor um reajuste de 9%, para pagar parcelado em dois anos entre 2025 e 2026 e reajuste zero para o ano de 2024.
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sista-MS), está pleiteando o reajuste de 10,5% referente a 2024, e o mesmo valor referente aos dois anos seguintes. O governo federal enviou a proposta de 4,5% para 2025 e 2026.
Pautas
Recomposição Salarial
Reestruturação da Carreira
Equiparação de Benefícios
IFMS e Colégio Militar
Além dos professores e técnicos da UFMS, os profissionais do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) e do Colégio Militar de Campo Grande também irão aderir à greve pedindo a reposição salarial.
De acordo com o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe-MS), a greve em ambos locais irá começar no dia 3 de abril, tendo sido aprovada no dia 28 de março.
Em votação em assembleia realizada na quarta-feira (27), os professores e técnicos-administrativos decidiram entrar na luta nacional pela recomposição salarial com 391 votos a favor, 38 contra e 18 abstenções.
As pautas do quadro técnico são reestruturação de carreira, a recomposição salarial de 34%, e o aumento de quadro de funcionários devido ao déficit para atender as instituições. Já os professores pedem o reajuste de 22.71%.
“A nossa greve é pela reestruturação de carreira, recomposição salarial e o ‘revogaço’ das medidas do governo Bolsonaro”, destacou o presidente do SINASEFE-MS e técnico administrativo Tiago Thomaz de Assis.
. A greve começa a partir do dia 3 de abril, nos 10 campos do Instituto Federal, mais o Colégio militar, com o nome do nosso sindicato Assinaze FMS. Eu sou o Tiago Tomagi Assis, sou técnico-administrativo do Campos Corumbá.
UFGD
Já no interior do Estado, os professores da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) não aprovaram o movimento grevista.
Os servidores técnico-administrativos da Universidade Federal da Grande Dourados e do Hospital Universitário HU-UFGD, em assembleia Geral Ordinária, no dia 11 de março, decidiram aderir à greve nacional da categoria por tempo indeterminado, sendo que a greve teve início no dia 18 de março.
Com informações do Correio do Estado