A ata da reunião do 258º Comitê de Política Monetária (COPOM), de 31 de outubro e 01 de novembro, registrou a decisão convicta dos membros do colegiado. O propósito foi prosseguir com a queda de 0,5 ponto percentual na taxa de juros deste final de ano. A decisão teve a plena concordância entre os nove votantes. A atitude mostra fortalecer a posição em direção de sustentar contracionista a política monetária, com firmeza no processo desinflacionário.
A conjuntura econômica interna mostra estabilidade para dar andamento normal na redução da taxa de juros SELIC, de acordo com a visão reinante pelos agentes do mercado financeiro. Os pressupostos de curto prazo não anteveem aceleração na rota inflacionária. A continuidade de medidas serenas e moderadas deverá perseverar nas decisões, com deslocamento sem sobressalto na Selic, de 12,75% para 12,25%.
A cenário para intensificar o ritmo de cortes da taxa de juros Selic causaria surpresas inesperadas para os agentes do mercado financeiro, apesar dos riscos ligados ao fenômeno climático do El Niño, presentes neste ano. A hipótese de elevação rápida na trajetória inflacionária não faz parte dos pressupostos econômicos de curto prazo. Na verdade, a inflação segue a trajetória esperada de desinflação, com composição benigna, exibindo desaceleração na inflação de serviços.
Para completar, resta salientar a perspectiva mais internacional do COPOM, tendo em vista certas indefinições no cenário externo. Os bancos centrais na União Europeia (UE) e nos Estados Unidos tendem a conservar o estado de conservadorismo na condução de medidas para convergir a taxa de inflação para as suas metas. Esse ambiente envolve políticas de pressão monetária, com fase mais longa de juros em patamares elevados para debelar as tensões inflacionárias.
BATANEWS