Júnior Rocha fez história ao levar a Ferroviária de volta à Série B do Campeonato Brasileiro após 30 anos. Mesmo com a distância de mais de 680 km entre a Fonte Luminosa, estádio da Locomotiva, em Araraquara (SP), e o CT Ninho do Urubu, no Rio de Janeiro, o Flamengo contribuiu para que o treinador conquistasse o acesso na Série C depois de passar por três divisões nacionais na mesma temporada.
É que em julho deste ano, o técnico Vinicius Bergantin, até então comandante da AFE, recebeu uma proposta para integrar a comissão técnica de Tite, que estava no Rubro Negro naquele momento. O convite veio para que o treinador ficasse responsável pelo setor defensivo do Mengão. O sistema foi uma marca positiva da Ferroviária durante a primeira fase da Série C, com média de 0,47 gols sofridos por partida.
Com a saída de Bergantin, a Locomotiva abriu negociações com Júnior Rocha, treinador que viveu altos e baixos durante a temporada. Ao chegar à Locomotiva, o novo técnico precisou se adaptar ao estilo de jogo já implantado no clube e viveu seu melhor momento em 2024.
Ele começou o ano na Inter de Limeira, no Campeonato Paulista. A equipe do interior fez boa campanha, chegando às quartas de final do estadual. No segundo semestre, ele dirigiu o Leão da Paulista somente em um jogo da Série D do Campeonato Brasileiro e logo recebeu proposta para assumir o Guarani, que havia começado mal a Série B.
Com sete jogos e somente uma vitória, ele foi demitido do Bugre. Foram apenas 38 dias de trabalho no Brinco, com um aproveitamento de 19% dos pontos disputados.
Após a passagem ruim por Campinas (SP), Rocha recebeu o convite da Ferroviária e deu sequência ao trabalho de seu antecessor, com a classificação do time à segunda fase da Série C e um aproveitamento de 54,5% dos pontos. Apesar de a equipe grená sofrer 12 gols no quadrangular decisivo, a Locomotiva conseguiu deixar pra trás Londrina e Ypiranga-RS e celebrou o acesso à Série B. Só não foi à final da competição por conta do saldo de gols menor que do Athletic-MG, líder da chave.
– O certo tem que dar certo. A Ferroviária era o clube certo da nossa chave para subir. Temos estrutura, gestão, todas as condições de jogar uma Série B, de sonhar alto – contou o técnico.
E foi assim que um técnico que começou o Brasileiro na Série D e passou pela Série B antes de chegar à Série C terminou um 2024 cheio de mudanças e reviravoltas com um acesso. É um ano que, definitivamente, vai ficar marcado na carreira de Júnior Rocha.
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