O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul aceitou denúncia contra o prefeito de Corumbá, Marcelo Iunes, o servidor comissionado Marconi de Souza Junior, conhecido como Macaco, e a ex-secretária-adjunta de Saúde, Mariluce Gonçalves Leão, responsável pela Central de Regulação da Secretaria Municipal de Saúde. A ação tem como base um inquérito da Polícia Federal que abordou Marconi quando saía do diretório de campanha eleitoral do PSDB em Corumbá com uma planilha de dados com número de título de eleitor, seção e zona eleitoral de dezenas de eleitores corumbaenses.
O prefeito foi denunciado pela Procuradoria Regional Eleitoral por crimes de corrupção eleitoral e falsidade ideológica eleitoral, com a finalidade de obter votos, que garantiram sua reeleição em 2020. Os policiais encontraram R$ 7.750,00 em espécie, divididos em porções de R$ 250,00 cada, bem como listas de pessoas contendo informações de nome, telefone e bairro, além de material de campanha dos candidatos a prefeito Marcelo Iunes e a vereador Yussef Salla. Também constava cópia da requisição de exame médico e de assistência para pacientes. A denúncia aponta que Iunes cometeu crime eleitoral pelo menos 24 vezes, com a participação de Marconi e Mariluce Gonçalves.
Segundo a denúncia, a compra de votos variava entre entrega de dinheiro, cestas básicas, remédios e antecipação de exames e procedimentos médicos por meio de um laboratório de propriedade do irmão e da esposa do prefeito, tudo comandado por Marconi, apontado como operador do esquema. Na denúncia consta que Marconi tentou destruir o aparelho celular ao ser conduzido para delegacia após abordagem. Todavia, com a quebra de sigilo telefônico dele, foram encontrados indícios de uma associação criminosa composta por agentes públicos e políticos que atuavam praticando crimes eleitorais, em especial, compra de votos em Corumbá. Cargo na prefeitura Em julho de 2023, Marconi ganhou cargo de diretor da Agência Portuária do Município de Corumbá, com salário de R$ 12 mil reais.
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