A comercialização da soja foi agitada no mercado brasileiro nesta sexta-feira (28). O dia foi de boas oportunidades ao produtor, com o dólar subindo bastante e Chicago, apesar de fechar em queda, tendo momentos de alta superior a 1% na sessão.
Os preços nos portos também foram favoráveis ao movimento. As melhores indicações de cotações foram para pagamentos mais alongados.
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a sexta-feira com preços predominantemente mais baixos, ampliando as perdas acumuladas na semana na posição novembro (-1,25%), no mês (-6,8%), no trimestre (-6,9%) e no semestre (-11,4%).
O dia foi volátil. No final das primeiras posições tiveram leve baixa e as mais distantes, leve alta. Hoje, apesar do relatório de área plantada nos Estados Unidos ter indicado um cultivo abaixo do esperado, o mercado seguiu o fraco desempenho do milho e do trigo. No caso dos cereais, o relatório foi considerado baixista.
A área plantada com soja nos Estados Unidos em 2024 deverá totalizar 86,1 milhões de acres (aproximadamente 34,8 milhões de hectares). A previsão indica uma elevação de 3% sobre o ano anterior.
O número ficou abaixo da expectativa do mercado, que era de 86,86 milhões de acres. No relatório de intenção de plantio, divulgado em março, a aposta era de área de 86,51 milhões de acres.
No ano passado, os produtores americanos plantaram 83,6 milhões de acres com a oleaginosa. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), 24 dos 29 estados produtores deverão elevar ou manter o plantio.
Preços da saca de 60kg de soja
- Passo Fundo (RS): subiu de R$ 133 para R$ 135
- Região das Missões: avançou de R$ 131 para R$ 134
- Porto de Rio Grande: aumentou de R$ 140 para R$ 141
- Cascavel (PR): valorizou de R$ 128,50 para R$ 131
- Porto de Paranaguá (PR): cresceu de R$ 139 para R$ 141
- Rondonópolis (MT): subiu de R$ 125 para R$ 126,50
- Dourados (MS): aumentou de R$ 123 para R$ 124
- Rio Verde (GO): valorizou de R$ 123 para R$ 125
Os estoques trimestrais de soja em grão dos Estados Unidos, na posição 1º de junho, totalizaram 970 milhões de bushels. O volume estocado subiu 22% na comparação com igual período de 2023.
O número ficou acima da expectativa do mercado, de 957 milhões de bushels. Do total, 466 milhões de bushels estão armazenados com os produtores, com alta de 44% sobre o ano anterior. Os estoques fora das fazendas somam 504 milhões de bushels, com alta de 6%.
Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com baixa de 1,75 centavo de dólar, ou 0,15%, a US$ 11,50 1/2 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 11,04 por bushel, com perda de 0,75 centavos ou 0,06%.
Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com baixa de US$ 3,00 ou 0,88% a US$ 335,50 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 43,79 centavos de dólar, com alta de 0,23 centavo ou 0,52%.
O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 1,50%, sendo negociado a R$ 5,5906 para venda e a R$ 5,5886 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,4833 e a máxima de R$ 5,5981.
Na semana, mês, trimestre e semestre a moeda teve valorização de 2,76%, 6,49%, 11,50% e 15,22%, respectivamente.
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