Há cada vez mais indícios de que o governo do Irã tenha ajudado o Hamas a iniciar a guerra contra Israel. E, à medida que as evidências se acumulam, aumenta a preocupação de que o governo de Teerã possa se envolver diretamente no conflito no Oriente Médio. Isso porque o país muçulmano é o único na região a ter arsenal capaz de ameaçar a existência de Israel, incluindo armas nucleares, segundo fontes militares.
Nesta quarta-feira (25), as FDI (Forças de Defesa de Israel) acusaram o Irã de ter preparado o grupo terrorista para atacar kibutzim e cidades na fronteira com a Faixa de Gaza. “O governo iraniano ajudou diretamente o Hamas antes do ataque com treinamento militar, fornecimento de equipamentos e armas, informações de inteligência e fundos”, disse o porta-voz do Exército israelense, Daniel Hagari, em entrevista coletiva.
Homens armados invadiram comunidades de fronteira e também o festival de música eletrônica Universo Paralello e massacraram mais de 1.100 civis — incluindo mulheres, crianças e idosos —, mataram mais de 300 membros das forças de segurança e sequestraram 224 pessoas, que hoje são mantidas reféns nos túneis de Gaza.
“Mesmo agora, a ajuda iraniana ao Hamas continua na forma de inteligência e incitação online contra o Estado de Israel”, acrescentou Hagari.
Também hoje, o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, acusou os Estados Unidos de “dirigirem” os ataques que Israel tem realizado contra o Hamas, chamando os EUA de “um cúmplice definido de criminosos”, durante um discurso em Teerã.
“Os Estados Unidos estão de alguma forma dirigindo o crime que está sendo cometido em Gaza”, disse ele, sugerindo que as mãos dos americanos “estavam manchadas com o sangue dos oprimidos, de crianças, pacientes, mulheres e outros.”
Além disso, “as digitais do Irã” estão por trás dos ataques realizados contra bases americanas no Oriente Médio, que se intensificaram desde o início da guerra. Informações da inteligência israelense revelam que o país é responsável pelo financiamento dos grupos terroristas do Hamas, em Gaza; do Hezbollah, no Líbano; e, ao que tudo indica, da Jihad Islâmica.
Nesta quarta (25), os líderes dessas três facções terroristas islâmicas se reuniram no Líbano. Os três homens analisaram “os últimos acontecimentos na Faixa de Gaza desde o início da Operação Dilúvio de Al-Aqsa”, nome que o Hamas deu à sangrenta operação de 7 de outubro em solo israelense.