MOSCOU – O presidente russo, Vladimir Putin, disse em uma cúpula do grupo Brics nesta quarta-feira que a Rússia quer acabar com uma guerra que ele afirmou ter sido “desencadeada pelo Ocidente e pelos seus satélites” na Ucrânia.
Falando por videoconferência aos líderes do grupo, que se abstiveram de condenar as ações de Moscou na Ucrânia, ele repetiu a narrativa do Kremlin de que a guerra foi uma resposta forçada às ações de Kiev e do Ocidente.
(Reportagem da Reuters)
Líderes do Brics decidem quais serão os próximos membros do bloco de emergentes
Os líderes dos cinco países que compõem o bloco, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, decidiram ampliar o bloco para novos participantes, entre os quais Irã, Argentina, Arábia Saudita, Emirados Árabes e Egito despontam como candidatos bem posicionados. A decisão da expansão foi tomada durante um longo encontro fechado entre os chefes de Estado e de Governo de Brasil, África do Sul, China e Índia, na 15ª cúpula do grupo em Joanesburgo, na África do Sul.
Lúcia Müzell, enviada especial da RFI a Joanesburgo
O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, vai conceder uma coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira (23) e poderá anunciar a decisão. Na noite desta terça-feira (22), Ramaphosa recebeu os líderes para uma reunião seguida de um jantar – à exceção do russo Vladimir Putin, que participou por videoconferência e foi representado presencialmente pelo chanceler Sergey Lavrov. Conforme informações dos bastidores da delegação brasileira, eles chegaram a um acordo sobre a entrada de novos integrantes, o tema mais delicado que discutido na cúpula.
Nesta terça, em entrevista à RFI, o assessor Especial da Presidência Celso Amorim havia antecipado que primeiro seriam definidos quais serão os novos países integrantes, e depois os critérios que condicionarão o ingresso. Esses detalhes serão afinados nesta quarta e quinta-feira (24), quando acaba o evento.
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