Um paciente de 37 anos recebeu, por engano, um rim que deveria ser destinado a outra pessoa, no Hospital Universitário Onofre Lopes, em Natal (RN). Os dois estavam na fila de espera pelo transplante renal.
O hospital confirma a informação e diz que o paciente recebe acompanhamento clínico integral e suporte psicológico. Em nota enviada à Folha na manhã desta quarta-feira (24), a instituição diz que ele está estável e internado em ambiente de enfermaria.
O erro teria ocorrido porque as duas pessoas tinham nomes parecidos. O paciente foi chamado para ir ao hospital para fazer a cirurgia e recebeu o órgão, que não era compatível com tipo sanguíneo dele, mas sim com o da outra pessoa.
Após a cirurgia, o transplantado apresentou reação e o rim precisou ser retirado. Internado no hospital, ele retornou à fila para um novo transplante.
O paciente que deveria receber o rim segue em casa, aguardando por um novo órgão. Aquele usado na cirurgia teve que ser descartado.
A reportagem procurou a Central de Transplantes do Rio Grande do Norte, responsável pela gerência da fila, mas ainda não obteve resposta.
Hospital Universitário Onofre Lopes, por sua vez, diz que abriu processo interno para apurar os responsáveis pela troca de nomes, com previsão de conclusão em 60 dias. Diz também que o Sistema Nacional de Transplantes (SNT) foi notificado.
‘Desde 1998, o HUOL é referência no Rio Grande do Norte e no Brasil em transplantes de rim e de córnea, tendo realizado 854 procedimentos ao longo de sua trajetória, com uma equipe qualificada em tratamentos de alta complexidade’, conclui a nota.
No Brasil, a fila de espera por um transplante de rim é a maior para órgãos sólidos, que são coração, pulmão, rim, pâncreas e fígado. De acordo com os dados do relatório do Ministério da Saúde, atualmente há um total de 42.111 pessoas em busca de doação, sendo 38.908 no aguardo de rins.
Fonte batanews