O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), demonstrou incômodo nesta sexta-feira 7 com ruídos decorrentes de um vazamento sobre sua reunião com gestoras de fundos de investimento, da qual também participou o CEO do Santander Brasil, Mario Leão.
Após o encontro, em São Paulo, circularam relatos de que o ministro teria mencionado a chance de contingenciar 30 bilhões de reais para atingir as metas do arcabouço fiscal, mas que uma eventual decisão sobre corte de despesa ou mudança na regra seria do presidente Lula (PT).
Para este ano, o objetivo é registrar um déficit zero nas contas públicas, com tolerância de até 0,25% do Produto Interno Bruto.
“Houve uma reunião com pessoas do Santander aqui e teve um protocolo que foi quebrado. A condição era que não interpretassem o que eu falei. A pergunta feita é se havia possibilidade de contingenciamento neste ano se algumas despesas obrigatórias crescessem para além do previsto”, disse Haddad a jornalistas após a reunião.
“Eu falei que sim: se algumas despesas crescessem para além do previsto, poderia haver um contingenciamento de gastos, o que é absolutamente normal e aderente ao que prevê o arcabouço fiscal. Não entendi a intenção da pessoa que vazou uma informação falsa a respeito do que eu disse.”
Segundo Haddad, “alguém está querendo vender alguma coisa que não foi dita”.
Em abril, o governo enviou ao Congresso Nacional o Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias e definiu que a meta fiscal para 2025 também será de déficit zero. Inicialmente, o arcabouço previa um superávit de 0,5% do PIB no ano que vem. O superávit primário representa o resultado positivo das contas, sem considerar os juros da dívida pública.
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