As três seleções que mais ganharam a Copa América chegam à edição da competição que começa nesta quinta-feira (20), nos Estados Unidos, em momentos bastante distintos.
Terceiro maior vencedor do torneio, com nove conquistas, a última delas em 2019, o Brasil está ainda na fase inicial do trabalho de Dorival Júnior, após a passagem desastrosa de Fernando Diniz, apostando em jovens como alternativa ao ausente Neymar, lesionado.
A Argentina, por sua vez, divide a liderança do ranking de troféus na Copa América com o Uruguai, com 15 cada um. Campeã do mundo no Qatar e atual líder das Eliminatórias para a Copa de 2026, a seleção argentina está desde 2018 sob o comando de Lionel Scaloni e conta com a experiência de Messi e Di María, acompanhados de jovens como o ponta-esquerda Garnacho, do Manchester United.
Di María está se despedindo, e a competição pode ser também a última de Messi pela formação alviceleste.
Já o Uruguai, comandado desde maio do ano passado pelo argentino Marcelo Bielsa, não vence a Copa América desde 2011 e também deve ter a despedida de seu maior artilheiro, Luis Suárez, que completou 37 anos em janeiro. Edinson Cavani, segundo maior artilheiro da celeste, já havia anunciado sua aposentadoria da seleção no fim de maio.
A seleção brasileira fará sua estreia na competição na próxima segunda-feira (24), contra a Costa Rica, às 22h (de Brasília). Em tese, trata-se do adversário mais fácil da fase de grupos.
O time de Dorival Júnior, que faz sua primeira participação em uma competição oficial à frente da formação nacional, está no Grupo D e enfrentará na sequência Paraguai e Colômbia.
Nos últimos testes antes da estreia na competição, o Brasil superou o México por 3 a 2, contando com uma formação mista em campo, e empatou por 1 a 1 com os Estados Unidos.
Na partida contra os Estados Unidos, o treinador optou pela formação titular, com os atacantes Vinicius Junior e Rodrygo na frente, ao lado de Raphinha.
Apesar de ter se destacado novamente no confronto com os mexicanos, quando marcou pelo terceiro jogo seguido no time nacional e assegurou a vitória, o jovem Endrick voltou ao banco de reservas contra os norte-americanos.
A expectativa é que o atacante —que foi revelado do Palmeiras e vai se apresentar em julho ao Real Madrid, onde se juntará a Vinicius Junior e Rodrygo— ganhe espaço no decorrer da competição. O volante Douglas Luiz e o atacante Savinho também conseguiram aproveitar bem as oportunidades nos jogos preparatórios e devem ser nomes de confiança do treinador, entrando durante as partidas.
‘Vai existir uma disputa saudável dentro de um grupo que está se formando e se conhecendo’, afirmou o técnico brasileiro.
Campeã da última edição da Copa América, superando na final o Brasil em um Maracanã lotado com gol de Di María, a Argentina estreará nesta quinta-feira (20), contra o Canadá, em um grupo que também tem Chile e Peru.
Diferentemente do Brasil, que vive reformulação, a Argentina estreia nos Estados Unidos com um time bem entrosado. Boa parte do elenco presente na Copa América esteve no Qatar na conquista do tricampeonato mundial.
Com papel decisivo na decisão contra a França, o goleiro Emiliano Martínez está novamente entre os convocados, assim como o zagueiro Otamendi e os meio-campistas De Paul e Mac Allister. À frente estão os prestigiados e experientes Messi e Di María.
A competição nos Estados Unidos é, possivelmente, o palco de despedida da dupla. Em declarações desde a conquista da Copa, Messi já colocou em xeque algumas vezes sua participação no próximo Mundial, quando terá 39 anos.
Na atual temporada pelo Inter Miami, o craque soma 12 jogos, com 12 gols e nove assistências.
Já Di María decretou no fim do ano passado que a Copa América será sua última competição com a Argentina. ‘A Copa América será a minha despedida’, declarou.
Companheiro de Messi no Inter Miami, Luiz Suárez também deve dar adeus às competições oficiais com a seleção uruguaia na Copa América. A formação celeste estreará no domingo (23), contra o Panamá. Estados Unidos e Bolívia completam o grupo.
Suárez chegou a anunciar que a edição de 2021 da Copa América seria a sua última. Mas, três anos depois, agora com 37, ainda em boa forma, o atacante —que fez 68 gols em 138 jogos pelo Uruguai até aqui— mudou de ideia e vai tentar recolocar a seleção no caminho dos títulos.
Sem vencer uma competição continental entre seleções há 13 anos, o Uruguai conta com a experiência de Suárez aliada ao faro artilheiro de Darwin Núñez e a criatividade dos meias De la Cruz e Arrascaeta para voltar a levantar uma taça.
Após a decepcionante campanha no Qatar, com queda ainda na fase de grupos, o Uruguai conquistou bons resultados e quebrou alguns tabus importantes após a chegada do técnico Marcelo Bielsa —voltou a vencer o Brasil após 22 anos em uma competição oficial e ganhou da Argentina na casa do adversário pela primeira vez nas Eliminatórias.
A competição, no Brasil, será transmitida pelo SporTV (TV fechada) e pelo Globoplay (streaming). Os jogos da seleção brasileira também terão transmissão da Globo (TV aberta).
Quinta-feira (20) Argentina x Canadá, às 21h
Sexta-feira (21) Peru x Chile, às 21h
Sábado (22) Equador x Venezuela, às 19h México x Jamaica, às 22h
Domingo (23) Estados Unidos x Bolívia, às 19h Uruguai x Panamá, às 22h
Segunda-feira (24) Colômbia x Paraguai, às 19h Brasil x Costa Rica, às 22h
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