A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado deu início na manhã desta terça-feira (8) à reunião que pode dar aval à indicação do economista Gabriel Galípolo ao cargo de presidente do Banco Central.
Ao longo desta manhã, o economista será sabatinado pelos membros do colegiado, que avaliam, por exemplo, a capacidade técnica e a isenção do indicado para assumir o posto (veja o rito mais abaixo).
Galípolo foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em agosto para assumir a cadeira de Roberto Campos Neto, que encerra o mandato em 31 de dezembro
Segundo a legislação, o comandante do BC é escolhido pelo presidente da República, mas precisa ter o nome aprovado pelo Senado — primeiro pela CAE e, em seguida, pelo plenário principal da Casa.
Se for chancelado pelo Senado, Galípolo assumirá o posto em 1º de janeiro de 2025 e cumprirá um mandato de quatro anos.
O indicado de Lula é o atual diretor de Política Monetária do Banco Central. Entre 2022 e 2023, ele esteve nas equipes de campanha do então candidato ao Planalto, de transição de governo e do Ministério da Fazenda, chefiado por Fernando Haddad.
Galípolo substituirá, se aprovado pelos senadores, uma gestão duramente criticada por Lula à frente do BC, em grande parte pelos movimentos na condução da taxa básica de juros, a Selic.
Roberto Campos Neto, que foi escolhido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2019, já foi classificado por Lula como um “adversário político”.
Senadores de diferentes partidos e o presidente da CAE avaliam que Gabriel Galípolo não deve enfrentar resistências tanto no colegiado quanto na votação em plenário. Para ser aprovado na CAE e no plenário, Galípolo precisará reunir maioria dos votos dos presentes à sessão.
Gabriel Galípolo é visto pelos senadores como alguém já conhecido. Em 2023, ele foi sabatinado pela CAE e aprovado pelo Senado para assumir a diretoria de Política Monetária do Banco Central. Na ocasião, o conjunto dos parlamentares aprovou o nome, também indicado por Lula, por 39 votos a 12.
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