Quem é o melhor técnico da Série A do Campeonato Brasileiro? O instituto AtlasIntel fez esta pergunta para mais de 7 mil entrevistados. As respostas apontaram o atual bicampeão brasileiro Abel Ferreira, o técnico português do Palmeiras, como o preferido por 27,9%. Tite, do Flamengo e ex-Seleção, ficou em segundo lugar, citado por 18,6% dos entrevistados. O top 3 ainda tem Juan Pablo Vojvoda, há três anos no Fortaleza e em segundo lugar no Brasileirão, com 9,1%.
É a segunda parte da pesquisa AtlasIntel, publicada originalmente pelo jornal Estado de S.Paulo. Na primeira parte, o levantamento mostrou pequenas diferenças entre as maiores torcidas do Brasil. Com Flamengo e Corinthians bem na frente e São Paulo, Palmeiras e Vasco fechando os cinco primeiros colocados. Entenda a metodologia da pesquisa mais abaixo.
Veja a lista completa
Líder do Campeonato Brasileiro e com o time nas quartas de final da Libertadores, Artur Jorge, técnico português do Botafogo, foi a resposta de 8,1% dos entrevistados. Em quinto lugar, um novato, o jovem Fernando Seabra, de 46 anos, técnico do Cruzeiro há apenas quatro meses.
Outro estrangeiro, o argentino Luís Zubeldía, do São Paulo, ficou em sexto lugar (4,1%), na frente de Renato Gaúcho, do Grêmio – citado por 3,8% dos entrevistados na sétima posição. Nomes mais conhecidos como Rogério Ceni, do Bahia, e Mano Menezes, hoje no Fluminense, foram citados, respectivamente, por 3,7% e 3,2%, pelos participantes da pesquisa. Técnico do Vasco há dois meses, Rafael Paiva aparece na frente da dupla.
Abel cotado com rivais
Para além da votação maciça de Abel entre os palmeirenses – 76,8% dos entrevistas que se declararam torcedores do Palmeiras o escolheram -, o português está bem cotado entre corintianos (31% citaram Abel), são-paulinos (29,3%) e flamenguistas (21,7%). E mais: 36,2% dos vascaínos, a quinta maior torcida do país, votaram em Abel. Dos torcedores do Fluminense, 33,5% escolheram Abel Ferreira.
Mas a maior votação com a própria torcida é de Vojvoda. Simplesmente, 96,3% dos torcedores do Fortaleza escolheram o argentino como o melhor do Brasil. Artur Jorge, do Botafogo, também apareceu muito bem com os alvinegros – 86% o elegeram o melhor treinador do país.
Técnico do Brasil em duas Copas, o experiente Tite foi citado por 47,5% dos torcedores do Flamengo como o melhor treinador do Brasil – percentual bem menor do que o de preferência dos cruzeirenses com Fernando Seabra (72,6% dos torcedores da Raposa votaram nele) ou do ídolo gremista Renato Gaúcho, que foi escolhido por mais da metade dos torcedores do Grêmio (51,1%).
A metodologia
A pesquisa Atlas colhe as informações organicamente durante navegação de rotina na internet – em smartphones, tablets, laptops ou computadores. O método – conhecido como RDR (Recrutamento Digital Randômico) – foi desenvolvido pelo AtlasIntel para calibrar as chamadas “amostras robustas”, para assegurar retratos representativos da população alvo – ou seja, a calibragem buscava atingir principalmente pessoas interessadas em futebol que navegavam na internet.
De acordo com o instituto de pesquisa, este método tem duas vantagens: contempla diversas fontes de vieses e lida com a possível super ou sub-representação de grupos demográficos.
A outra é que evita possível impacto psicológico da resposta ao pesquisador nas ruas ou em residências. O AtlasIntel acredita que a pessoa consultada pode responder em condições completamente anônimas e sem receio de causar impressão negativa para o entrevistador ou para pessoas que possam estar ouvindo as respostas.
Além da metodologia, a maior diferença da pesquisa pela internet é o número de municípios consultados. A pesquisa Ipec de 2022 foi a 128. A mais recente da Quaest e da rádio Itatiaia (MG) teve 325 cidades. A do AtlasIntel recebeu respostas de 1.341 municípios brasileiros – no ano passado já tinha consultado 640.
Perfil dos entrevistados (em %)
Para garantir a representatividade em nível nacional, as amostras da Atlas são pós-estratificadas usando um algoritmo interativo em um conjunto mínimo de variáveis de destino: sexo, faixa etária, nível educacional, nível de renda, região e comportamento eleitoral anterior. As amostras resultantes do processo de pós-estratificação se assemelham ao perfil da população adulta do Brasil, inclusive daqueles que possuem acesso mais limitado à tecnologia.
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