O atual diretor de política monetária do Banco Central e principal cotado à presidência da autarquia em 2025, Gabriel Galípolo, afirmou em palestra que todos os diretores do BC estão dispostos a aumentar a taxa básica de juros do Brasil “sempre que necessário” para levar a inflação à meta de 3%. O economista não deu pistas sobre o seu voto e falou que a decisão da reunião de setembro ainda depende de uma série de dados a serem publicados, mas afirmou que o atual cenário de piora nas projeções de inflação é “desconfortável” para o BC. O Boletim Focus identificou uma nova piora nas previsões de IPCA de bancos e corretoras. A expectativa é que a inflação encerre o ano a 4,22%.
“A função do BC é tomar cuidado para que esses fatores não provoquem um desarranjo que cause crescimento da demanda muito acelerado em relação à oferta e isso possa gerar algum tipo de pressão inflacionária, que vai, no fim do dia, corroer o ganho de poder aquisitivo que a população esteja tendo. A função do BC é ser o chato na festa. Quando a festa está ficando legal, pede para os outros abaixarem o volume”, disse no evento Conexão Empresarial, promovido pela VB Comunicação, em Belo Horizonte (MG).
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