De acordo com a TF Agroeconômica, a recente resistência nos preços do milho na B3 acendeu um alerta para investidores e agricultores. Caso essa resistência seja superada na próxima semana, o ideal é manter a posição; caso contrário, pode ser o momento de sair das posições compradas. Embora os preços do milho tenham subido ao longo do mês, o relatório da Conab trouxe um impacto negativo no dia ao registrar aumento nos estoques finais, gerando pressão de queda nos preços.
Entre os fatores de alta, destacam-se o atraso na colheita nos Estados Unidos, causado pelo furacão Francine, e o aumento das exportações brasileiras de milho. A ANEC revisou para cima suas projeções de embarques para setembro, o que elevou os prêmios de exportação no Brasil, impulsionados pela necessidade dos exportadores de cumprir compromissos. Além disso, o aumento da seca em regiões dos EUA, conforme relatório do USDA, segue afetando o mercado, com 18% da área agrícola americana sofrendo algum nível de seca.
Por outro lado, os fatores de baixa incluem o aumento dos estoques finais de milho no Brasil, que passaram de 4,97 milhões para 5,05 milhões de toneladas, segundo a Conab, e a queda de 5,36% nos preços do suíno, um grande consumidor de milho. Além disso, a entrada da safra comercial brasileira no mercado de exportação exerce pressão adicional sobre os preços, mesmo com uma previsão de exportações menor do que no ciclo anterior. Esses movimentos indicam a necessidade de atenção ao comportamento do mercado, pois, apesar dos aumentos recentes, as flutuações de oferta e demanda podem impactar os preços de maneira significativa nos próximos dias.
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